quarta-feira, 13 de março de 2013

O monstro chamado avaliação

Professores, por favor ler os dois textos e responder as questões


O MONSTRO CHAMADO AVALIAÇÃ0


 A avaliação faz parte da vida – somos avaliados a todo instante. Porém, não podemos esquecer que a avaliação deve ter um sentido, caso contrário o efeito poderá ser inesperado.

Assim é a vida: seletiva e classificatória. Segundo Darwin, as dificuldades para garantir a sobrevivência obrigam os seres a viver em constante superação. É como se a vida os avaliasse a cada segundo, selecionando os mais fortes e excluindo os mais fracos.

Será que devemos ser tão implacáveis quanto a natureza, excluindo aqueles que não passam pelos nossos critérios de avaliação?

Ou será que devemos criar mecanismos que avaliem os nossos alunos, a fim de sanar suas dificuldades e prepará-los melhor para enfrentar as intempéries da vida?

Eis algo em que devemos pensar...

A escola é lugar de crescimento, sociabilidade, construção. Nunca de repressão e castração mental, moral e intelectual.

Vamos recapitular algumas coisinhas?

Recordar é viver e certas coisas não devem ser esquecidas na Educação.

1. A escola deve ser inclusiva: é preciso ampliar os conceitos de inclusão; ela não vale apenas para alunos NEE’s. É preciso olhar para as possibilidades que as crianças têm de aprender, e não somente para as dificuldades. Existem formas delas aprenderem e formas de ensiná-las. Elas possuem POTENCIALIDADE.

2. A Educação Inclusiva é aquela através da qual TODOS aprendem.

3. O conceito de inclusão não se limita apenas em freqüentar a escola. É preciso aprender.

Resumindo:

O ALUNO TEM QUE APRENDER.

Calma, querido professor...

Não atire pedras, não torture e não fure os olhos da sua meiga

e doce coordenadora.

Conhecemos e partilhamos de suas dificuldades e anseios. Sabemos bem que tira leite das pedras e faz verdadeiros milagres na tarefa de transformar pedras brutas em diamantes. No entanto, estudar as determinações e as possibilidades nunca é demais. É quando o subjetivo transcende seus limites e transforma o sonho em realidade.

Vamos fazer umas continhas?

• Um ano letivo tem 200 dias;

• três dias por semana o dia letivo tem seis aulas de 50 minutos;

Logo:

• Cada semana tem 30 aulas de 50 minutos:

• Cada aula dura 50 minutos, então:

30 aulas X 50 minutos = 1500 minutos de aulas por semana ou 1500 minutos de aulas semanais.

• O ano letivo possui 200 dias ou 40 semanas, então:

40 semanas X 1500 minutos = 60.000 minutos ou 1200 horas

Será que em 1200 horas é possível que não se aprenda nada?

Como conhecemos a boa qualidade do seu trabalho e temos certeza que acredita na sua própria capacidade, já sabemos a sua resposta. Não podemos esquecer também que não raras vezes os alunos nos surpreendem, pois temos o péssimo hábito de subestimá-los.

Apenas para aumentar a fúria do vulcão que lança jatos de magma intelectual em suas entranhas, vamos lembrar que os grandes teóricos da pedagogia desconsideram a indisciplina e o aluno que não quer aprender. Para eles, o professor deve mudar sua prática para atender a todos.

Tá, mas já que eu quase matei vocês de raiva, agora podem perguntar: o que toda essa conversa tem a ver com avaliação?

A avaliação é parte importante do processo de ensino/aprendizagem. Através dela

obtemos importantes informações a fim de direcionar nosso trabalho. Nem sempre a avaliação é a etapa final do processo. Ela pode ser o instrumento norteador para o profissional da educação.

Ah, então é isso?

E como deve ser a avaliação então?

Deve ser formativa, inclusiva, processual, diagnóstica, reguladora, mediadora, criteriosa (deve possuir parâmetros claros), deve utilizar vários instrumentos, deve ser inter-relacional, deve avaliar o trabalho do aluno e do professor. Jussara Hoffman defende a auto-avaliação como mais um eixo do processo de avaliação escolar.

Responder: 

QUAIS DEVEM SER OS PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO?

1. O aluno: como chegou, como caminhou ao longo do processo e como ficou;

2. objetivos: onde se pretendia chegar até aquele momento;

3. planejar ações: sem esse parâmetro todo o processo será em vão (isso faz parte do processo formativo).

Antes o professor ensinava, o aluno “aprendia” e, em seguida vinha a avaliação – sempre nessa ordem. Hoje esse processo é cíclico, tudo acontece ao mesmo tempo.

A AVALIAÇÃO NUNCA DEVE SER:

• Punitiva

• fator de julgamento

• seletiva

• exclusiva

De acordo com Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a avaliação da culpa. Aponta, ainda, que as notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir.

Segundo Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar como a conseqüência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma “falta objetiva” de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza” o fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm.

ATIVIDADE :

A NECESSIDADE DE SE PLANEJAR É MUITO IMPORTANTE E NECESSÁRIO PARA NÓS PROFESSORES ,E UM ASSUNTO PERTINENTE A ESTE É O INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E SUA S FERRAMENTAS.O QUE É AVALIAR ? AVALIAR O QUÊ?PRA QUÊ AVALIAR ?AVALIAR PARA QUEM ?COMO AVALIAR ?PARTINDO DA IDÉIA QUE SE TEM A NECESSIDADE CONSTANTE DE AVALIAÇÃO DO ALUNO PARA SE TRAÇÃR OBJETIVOS,METAS DE ENSINI E MELHORAR O PROCESSOR DE ENSINO E APRENDIZAGEM,COMENTE SOBRE SUA NECESSIDADE E UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DIFERENCIADOS DE AVALIAÇÃO.

ATPC 13/03/2013

Boa tarde Professores, como combinado segue texto para leitura e reflexão.



 Lições de um espelho

  Era uma vez…

Uma rainha que vivia em um grande castelo.
Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico. Um dia querendo, avaliar sua beleza, também ela perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
- Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia, para responder a sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.
Atônica, a rainha não sabe o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
- Como assim?
- Veja bem, respondeu o espelho – Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibope no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas, ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum crédito externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados. E continuou o espelho:
- Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que base devo fazer essa avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto?
Quem devo consultar para fazer essa análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar aos conselheiros, acho que minha rainha terá primeiro lugar. Depois, ainda tem o seguinte – continuou o espelho: - Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o grau dessa beleza? Utilizo a observação?
Finalmente, concluiu o espelho: - Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar…

BATISTA, S.H.S.S. e cols. (2001). “ O processo de capacitação do SARESP: pressupostos, experiências e aprendizagens”. São Paulo.

________2000. Tempo de SARESP: Lições de um espelho. São Paulo.